Que noite, que escura que está, nem sei bem se estamos no Verão porque com este tempo não valia a pena sair de casa. Peguei na minha mala e sai da areia, estava farta de ver as ondas ir e vir e parecia que a minha vida só tinha ido, mas fui para o murro do passeio.

Era um dia da semana e não estava lá quase ninguém, vi-se que os que passavam não ficavam muito tempo porque estava mesmo muito frio mas eu fiquei lá, não sei bem que horas eram quando saí dali mas já devia ser tarde porque não havia pessoas a pé, fui caminho pelo passeio a ver onde tudo me ia dar. 

Ao longo do caminho, tirei um cigarro, depois outro e basicamente foi um atrás de outro até o maço ficar completamente vazio, não tinha sítios para comprar mais, por isso decidi ir para casa já que tantos cigarros e nenhum ajudou a esquecer a dor toda que eu tinha dentro do peito, e sinceramente essa dor ainda hoje está aqui e parece longe de desaparecer. 

Uma dor cravada uma vez, difícil de sair !