Julguei-te, pelo errado, julguei que eras um puto mimado procurando "fama" para ser mais uma para a lista, arrependo-me nunca sou de julgar as pessoas sem antes as conhecer, mas a ti julguei-te. Sempre me mantive um pé atrás quanto a ti, na altura em que apareces-te na minha vida eu vivia um romance de infantilidade, hoje nem eu própria sei o que foi aquilo, mas tu naquela altura já eras diferente comigo, falamos várias vezes mas nunca passou de conversas, nunca passou disso...

Há uns meses para trás passou de conversas, passou de cartas, de frases, de sorrisos, de olhares, de cada toque suave que me arrepia até á espinha quando te vejo, de cada zanga, dos ciumes, de cada vez que não falo contigo e tu estás sempre colado á espera de um " estás a olhar? ". Sempre fui fria, muito mais contigo, tenho controlado os ciumes o mais que posso mas sempre que X e Y me aparece á frente tu nem sabes, a raiva que estou naquele momento, mas ignoro na verdade nós não temos nada.

Não sei se o vento me leva em tua direcção, nem sei se a tua direcção está coordenada com os meus pontos, não sei de nada, vivo os dias á espera de novos pormenores e aí vamos construindo aos poucos frases que eu própria não sei descrever e acho que muito menos tu, pois á frase " o que sentem? ", ambos ficamos em branco, deixamos passar essa a outro e assim foi, ambos não sabemos de nada. 

Vi a passar 1,2,3,4,5 meses e mesmo assim continuo sem explicação com o redor da nossa roda, nem eu, nem ninguém sabe o que se passa, será que tu próprio sabes?